Diante de muitas dúvidas e incertezas, especialistas de vários locais do Brasil irão debater em Brasília, no dia 05 de março, sobre o vírus Zika e medidas para o combate do mosquito Aedes aegypti. O evento será realizado na Associação Médica de Brasília. (AMBr).
Segundo informações do Ministério da Saúde, o Zika é um vírus transmitido pelo Aedes aegypti e identificado pela primeira vez no Brasil em abril de 2015. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda.
Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Outros sintomas menos frequentes são inchaço no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. No entanto, a dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito, como identificado no mês de novembro de 2015, pela primeira vez na história.
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, ou seja, igual ou inferior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias químicas e agentes biológicos (infecciosos), como bactérias, vírus e radiação.
Segundo dados do Ministério da Saúde, os casos em investigação de microcefalia, já chegam perto de 4 mil casos em todo país. Desse total, 60,1% dos casos (3.174) foram notificados em 2015 e 39,9% (2.106) no ano de 2016. O novo boletim divulgado nesta quarta-feira (17) aponta, também, que 508 casos já tiveram confirmação de microcefalia e/ou outras alterações do sistema nervoso central, sugestivos de infecção congênita.
” O coordenador do evento Dr. Julival Ribeiro, declarou ao Blog Agenda Capital, que a participação de todos os profissionais da saúde, será de grande importância, pois na oportunidade, os especialistas esclarecerão inúmeras dúvidas” .
VEJA PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
Palestrantes:
- Situação atual das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil
Dr. Claudio Maierovitch – Diretor de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde
- Valor da incerteza na causalidade do aumento da incidência de microcefalia no Brasil
Dr. Luís Cláudio Correia – Professor Adjunto da Escola Bahiana de Medicina
- Perspectivas de controle das doenças transmissíveis pelos Aedes aegypti
Dr. Pedro Tauil – Professor colaborador voluntario da Faculdade de Medicina da Universidade Brasília
- Efetividade do controle da transmissão de dengue por meio do uso de mosquitos transgênicos
O palestrante será o representante da empresa convidada que fabrica os mosquitos transgênicos
- Quadro clínico da zikavirose – O que o presente está nos revelando em relação ao passado
Dr. Antônio Carlos Bandeira – BA
- Diagnóstico laboratorial – Atualização e experiência do IEC (Instituto Evandro Chagas)
Dra. Raimunda do Socorro Azevedo – Instituto Evandro Chagas (IEC) – PA
- Vacina – Dengue (evidências científicas) – perspectivas da vacina para zikavirose
Dra. Denise Abud – Gerente Médica da Sanofi Pasteur
Patrocínio:
Sociedade Brasileira de Infectologia
Sociedade de Infectologia do Distrito Federal
Associação Médica de Brasília (AMBr)
Data: 05 de março de 2016
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Local: Associação Médica de Brasília – AMBr
Endereço: Setor de Clubes Esportivo Sul, Trecho 03 Conjunto 06, Asa Sul, Brasília – DF
Horário: 08h30 às 13h30
Público: Profissionais da área de saúde
Inscrições: 02 quilos de alimentos não perecíveis
Informações: (61) 9994.6287
Coordenação: Dr. Julival Ribeiro e Dr. Marconi Pinhati
Fonte: AMBR