Pasta pretende mostrar que metodologia de ensino da instituição exige docentes atuantes na rede pública de saúde
BRASÍLIA (12/11/15) – O secretário de Saúde, Fábio Gondim, garantiu aos alunos da Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciência da Saúde (Fepecs), na tarde desta quinta-feira (12), que eles não correm o risco de ficar sem aulas por falta de professores. O medo surgiu após o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendar que servidores da pasta que são professores na unidade de ensino voltem ao atendimento integral nos hospitais.
“É preciso compreender que tudo isso começou com um questionamento do MP, mas motivado por um desconhecimento da metodologia de ensino utilizada na Fepecs, a qual exige que o professor seja também um profissional atuante na saúde”, observou Gondim, lembrando que esse método de ensino fez com que a instituição recebesse nota máxima no MEC por três anos consecutivos.
O secretário esclareceu que a pasta já está reunindo informações para responder aos questionamentos do MPDFT antes mesmo do prazo solicitado. “Como era um questionamento de 21 páginas, de diversas áreas, solicitamos uma dilação de 30 dias, não para ganhar prazo, mas para argumentarmos com consistência”, destacou Gondim.
Ele diz que paralelo a isso, está sendo preparado um projeto de lei deixando claro que os profissionais de saúde do DF poderão exercer a docência da Fepecs. “Enquanto esse PL não vier a ser aprovado, vamos dar as justificativas ao MP para mostrar a importância da Fepecs para a formação de novos profissionais. A cada ano, são novos 160 que se formam”, frisou Fábio Gondim.
Atualmente, 233 servidores trabalham como professores na Fepecs, sendo 135 médicos e 98 de enfermagem. Do total, apenas 17 trabalham exclusivamente na instituição de ensino e são responsáveis pela gestão dos cursos. Todos os outros se dividem entre a docência e o atendimento nos hospitais da rede de saúde pública do DF.
Alline Martins, da Agência Saúde