A Gerente de Avaliação do Curso de Enfermagem ressalta a importância do conhecimento técnico e científico na profissão

A Gerente de Avaliação do Curso de Enfermagem ressalta a importância do conhecimento técnico e científico na profissão

Kátia Menezes afirma que a docência é desafiadora e que impulsiona à atualização

Semana da Enfermagem – A gerente de Avaliação do Curso de Enfermagem da Escola Superior de Ciências da Saúde (Escs) professora Kátia Menezes fala sobre a sua experiência na profissão de enfermagem nesses 19 anos de atuação na assistência e 10 anos no ensino. A enfermeira conta um pouco em entrevista sobre a sua trajetória e o que a motivou seguir essa carreira.

“Eu sempre quis atuar na área da saúde e foi a partir do curso de auxiliar de enfermagem que fiz em 1996/1997 que decidi prestar vestibular para Enfermagem na UnB. Durante o estágio do curso de auxiliar de enfermagem percebi que o que eu queria mesmo era estar com o outro, entendi ali a importância do cuidado na vida das pessoas e tomei pra mim essa missão”.

 

Qual o seu sentimento como profissional de enfermagem nesse momento de pandemia?

 

KM – Com essa pandemia percebo claramente a importância da seguinte frase de Florence Nightingale: “Existe cuidado sem cura, mas não existe cura sem cuidado”. Sinto que nestes 18 anos como enfermeira, é a primeira vez que efetivamente as pessoas no geral entendem que nossa profissão é importante, mas olho com ressalva para o viés que estão empregando nesse reconhecimento, pois não exercemos um sacerdócio. Somos profissionais com conhecimento técnico e científico que merecem condições de trabalho dignas, jornadas de trabalho humanas e remuneração adequada.

 

Como ser um bom profissional?

KM – Penso que, especificamente na enfermagem, para ser um bom enfermeiro é preciso gostar de gente e gostar de estudar, pois não existe enfermagem sem o cuidado ao ser humano e não tem como prestar cuidado sem conhecimento. É como disse Carl Jung: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana”.

 

A enfermagem vale a pena?

KM – O cuidado se mistura com a própria história da humanidade. Creio que enquanto houver um ser humano precisando de cuidados, haverá a necessidade da enfermagem. Então a resposta é sim: vale a pena. E esse valor não se restringe a questões monetárias, mas na honra de cuidar do nosso bem mais precioso: a vida!

 

O que a docência representa para você?

KM – Concordo com Paulo Freire quando ele dizia: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Por isso, para mim, ser docente é contribuir com a enfermagem nacional na medida em que me permite cooperar com a formação de profissionais competentes e humanos ao mesmo tempo. A docência é desafiadora e me impulsiona à atualização constante. Mas a convivência com os/as estudantes é o que mais me motiva. Acompanhar o crescimento e o amadurecimento deles e delas ao longo do curso é uma honra enorme que me traz muita satisfação.

 

A enfermeira Kátia é mestre em Ciências da Saúde e servidora da Secretaria de Saúde do Distrito Federal desde 2006, tendo passado pela Unidade de Terapia Intensiva neonatal e pela Comissão de Educação Continuada do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib). A Fepecs agradece a dedicação da professora Kátia como enfermeira e docente, acompanhando de perto a formação de cada um dos estudantes.

 

 

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