Iniciativa da CSA completa 10 meses com ativa participação de servidores da SES-DF que atuam como co-agricultores
Brasília (22/06/2016) – A iniciativa CSA, expressão em inglês Community Supported Agriculture, que significa “Comunidade que Sustenta a Agricultura”, continua conquistando mais adeptos na Fundação de Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde (Fepecs), nas Escolas mantidas – Escola Técnica de Saúde de Brasília (ETESB), Escola Superior de Ciência da Saúde (ESCS) e Escola de Aperfeiçoamento do Sistema Único de Saúde (EAPSUS)- e órgãos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). A EAPSUS está à frente da iniciativa CSA na Fundação, que completa 10 meses em julho.
Ponto de Convivência
A proposta surgiu no II Seminário Novos Saberes em Água e Saúde – Água, Produção de Alimentos e Saúde na Perspectiva Transdisciplinar, realizado em março de 2015. A apresentação da experiência de CSA e a criação de um ponto de convivência na FEPECS têm possibilitado ações de promoção da saúde. Hoje o grupo está operando na sua capacidade máxima programada, que são 30 co-agricultores, numa composição mista com a comunidade residente no território (asa norte), dos quais 60% são servidores da SES, das escolas EAPSUS e ESCS, além de outros órgãos da SES, como GERPIS, COMPP, ISM e Adolescentro.
Eles assumem o compromisso por ciclos de seis meses, em apoio a um agricultor. Além disso, dividem tarefas de apoio à comunidade, como o cuidado com os pontos de convivência, a comunicação entre os membros e o controle financeiro mensal. Toda segunda-feira, os co-agricultores recebem no Ponto de Convivência, na Fundação, alimentos orgânicos. Os produtos são cultivados de acordo com a sazonalidade e são colhidos nos períodos adequados, sem o uso de agrotóxicos ou sementes geneticamente modificadas. As verduras, legume, além de ovos e mel, são entregues diretamente do produtor às pessoas cadastradas na CSA, que se tornam coprodutoras para a organização.
Em Brasília são sete chácaras que fazem parte da CSA, fornecendo os alimentos dentro da proposta. São eles a CSA Barbetta (que fornece para a Fundação), CSA Toca da Coruja, CSA Aldeia do Altiplano, CSA Cultivida, CSA Girassol, CSA Florestta e CSA Batata Doce. E existem mais três em formação, CSA Gaia, CSA Bindu e CSA Aprospera. De acordo com a diretora da Eapsus e, também, coagricultora , Wania Carvalho, no dia 21 de julho acontecerá a visita de férias à Chácara Barbetta. No dia 23 de julho, haverá uma festa julina para as famílias que estiverem em Brasília, no local. E em agosto um jantar será promovido para a avaliação deste ciclo.
“Vivenciar uma CSA é poder experimentar um novo paradigma econômico e social, nutrindo-se por meio de relações comunitárias baseadas em confiança e diálogo. Assim, quem escolhe fazer parte de uma CSA, deixa de ser apenas um consumidor e se torna um co-agricultor. Passa a colaborar para o desenvolvimento sustentável da região estimulando o comércio justo e valorizando a produção local, podendo conhecer de perto de onde vem o seu próprio alimento”, disse a diretora.
CSA
O agricultor apresenta todas as informações sobre os seus custos e meios de produção e a comunidade assume o compromisso de financiamento da permanência dele na terra, recebendo como contrapartida os alimentos produzidos. Tudo que for colhido já está pago e é destinado aos co-agricultores. Uma cota prevê aproximadamente 10 itens contendo folhas, raízes, legumes e às vezes frutas. Famílias maiores podem optar por adquirir duas cotas da comunidade, chegando a 20 itens diversificados.
“Os valores dependem dos custos de produção e do número de coagricultores envolvidos. Na CSA não há atravessadores ou o risco de não escoamento da produção. Por isso, o agricultor tem mais segurança de que sua produção já tem destino certo e pode se dedicar a terra com mais alegria, satisfação e melhores condições de saúde”, destaca uma das organizadoras da CSA na Fundação, a servidora Marly Silva.
Saiba mais:
O link para co-agricultores interessados é:
https://docs.google.com/forms/d/1aczGbhEreBA0jfZPdx–Tx8drsXaDFgVYfcYnkqmAPA/viewform
CSA BRASÍLIA
De uma cultura do preço para uma cultura do Apreço